Tragédia

'Não merecia', diz sobrinho de idosa morta atropelada no Rio

Adgair tinha 92 anos e morava no Rio há mais de 60

Rogério de Sousa Ferreira, de 65 anos, esteve no IML do Centro do Rio para resolver a liberação do corpo
Rogério de Sousa Ferreira, de 65 anos, esteve no IML do Centro do Rio para resolver a liberação do corpo |  Foto: Péricles Cutrim
  

"Ela iria fazer aniversário amanhã [quarta], não merecia morrer assim", esse foi o relato de Rogério de Sousa Ferreira, de 65 anos, sobrinho da idosa Adgair de Souza Silva, de 92 anos, que morreu atropelada na tarde desta segunda-feira (5) por um ônibus da linha 422, da viação Transurb S.A, na Rua Bento Lisboa, no Catete, Zona Sul do Rio. Abalado, o sobrinho da vítima ficou sabendo do acidente através de uma vizinha.

"Eu estava no apartamento dela esperando ela voltar da rua. Uma moça me chamou e perguntou se eu era sobrinho da Adgair, eu falei que sim, depois disso, ela me contou o que havia acontecido. Fiquei sabendo que durante o atropelamento uma pessoa gritou do prédio pedindo para o motorista do ônibus parar, ele só parou cerca de 50 metros à frente. Veio com uma desculpa falando que populares iriam agredi-lo", contou.

Para tentar entender a dinâmica do acidente, os familiares vão buscar imagens de câmeras de segurança ainda nesta terça-feira (6).

"Ficamos sabendo que ela havia ido pegar o ônibus no ponto. Vamos buscar as imagens das câmeras dos prédio hoje [terça]", relatou.

Rogério contou que não sabia onde a tia estava indo, já que ele havia saído anteriormente. Ele contou que além de ser uma pessoa bastante reservada, a tia era querida por todos os familiares. Natural de Minas Gerais, Adgair morava no Rio há mais de 60 anos. O corpo dela será levado para a cidade mineira Carangola.

"Ainda estamos resolvendo todo o procedimento para realização do translado. Estou informando a família que mora em Minas, através de mensagens pelo Whatsapp", disse.

Adgair morava sozinha e não gostava de tirar fotos. O sobrinho estava aguardando a tia para mostrar o cartão RioCard dele que havia feito.

"Eu não tive tempo de mostrar o cartão para ela. Como tem a minha foto, eu ia fazer uma brincadeira falando que eu era o dono da empresa", lamentou. A Rio Ônibus informou que a dinâmica do acidente está em apuração e a empresa aguarda a realização da perícia técnica.

O caso está sendo investigado pela 9ª DP (Catete). Imagens de câmeras de segurança e informações de testemunhas poderão ajudar com a investigação.

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